BONILLA. Maria Helena. Escola Aprendente: para além da Sociedade da Informãção. Rio de Janeiro: Quartet, 2005. 224p
Maria Helena Bonilla é doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia. No momento é professora adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação, atua nos seguintes temas: Formação de professores, inclusão digital, software livre e políticas públicas.
O livro Escola aprendente: para além da Sociedade da Informação relata sua experiência a partir da pesquisa que realizou durante o seu doutora em educação, entre os anos de 1999 e 2002, no Brasil e em Portugal.
No livro a autora discute a possibilidade de construção de uma escola em que as tecnologias de informação e comunicação sejam adotadas como elementos estruturantes de uma nova forma de pensar da meninada e não como apenas mais um recurso didático-pedagógico visando uma educação que já nao dá mais conta dos desafios impostos pela Sociedade do Conhecimento.
No início Bonilla aborda a própria sociedade contemporânea e suas implicações e possibilidades na Educação, buscando, através da percepção do contexto em que está submersa, mapear as demandas e potencialidades, dentro e fora da escola, para além da realidade constituída, crendo em novos caminhos e numa nova cultura frente às mudanças e necessidades contemporâneas.
Em seguida traz os desafios para a viabilidade de uma verdadeira Escola Aprendente. Os jovens e suas concepções de lazer e escola, sua relação mais estreita com as tecnologias, os chamados nativos digitais (Marc Prensky, 2001), suas interações com professores e as práticas pedagógicas. Os professores, por sua vez também são alvo de reflexão e estudo nesta obra, em meio às mudanças propostas, o estudo busca compreender e registrar a perspctiva dos mediadores nesse contexto, escola, pais, alunos e ele mesmo enquanto educador.
Logo após ela discute sobre as possibilidades quanto ao trabalho dos professores, o movimento desencadeado através de produção de conhecimento, cultura e ressignificação da ação pedagógica, das relações estabelecidas dentro da escola, e da aproximação da escola com o mundo à sua volta. Para tanto, a organização e a articulação nos mais diversos aspectos são fundamentais, através de políticas educacionais, implementando programas, favorecendo a formação dos educadores, reorganizando as escolas e os espaços de aprendizagem, intervindo na sala de aula e suas relações.
Com as informações e reflexões feitas podemos concluir que não dá mais para os professores continuarem usando as tecnologias de informação e comunicação apenas como ferramentas mas deverá
utilizá-las com o objetivo de transformar a sociedade. E isso será possível se os professores tiverem plena consciência do seu papel como agente transormador e colaborador para uma sociedade mais igualitária.
Suzanete Rocha Cerqueira, aluna do curso de especialização em Tecnologias e Novas Educações (FACED/UFBA)